AMOUR
diretor : Michael Haneke
elenco: Emanuelle Riva, Jean-Louis Trintgnant
estúdio : Imovision ( França/Áustria/Alemanha)
Apesar do nosso velho fetiche por tudo que venha da França, sejamos francos, com o perdão do trocadilho, AMOR é um nome abrangente demais para um filme demasiadamente simples. Como se todo romance pudesse se apropriar do nome e se chamar : '' AMOR ''. Se o nome fosse um pouco menos pretensioso a gente agradeceria.
E sejamos francos mais uma vez, o filme não tem nada de especial . Passamos o dito cujo quase todo reparando na decoração da casa, entre candelabros, paredes com toque art nouveau do edifício antigo e quadros pendurados aos montes nas paredes ao melhor estilo francês. Ah, e tem as ruas parisienses que se revelam por trás da cortina de seda nos arrancando alguns suspiros.. Ahh.. Paris...
Ok! a dupla de protagonistas se entregaram viceralmente aos papéis mas o enredo nem de longe consegue ser marcante. É uma em um milhão de estórias idênticas de idosos que cuidam de seus parceiros até a morte. Sim, a gente até espera que o marido tenha uma amante escondida, uma aventurazinha amorosa com uma ponta de culpa,alguma surpresinha pra Deus ver, mas não acontece nada (o casal é elegante, classe média alta, não arrotam, não tem defeitos nem manias .. logo, soam como algo FAKE e feito pra agradar um público ''baunilha'' ).Oque nos resta é a decoração urbano-bucólica, que nos faz voltar pra casa loucos pra entupir as paredes de quadros de todos os tamanhos. Ah, esses franceses fazem o diabo com a gente . E pra pensarmos que ''AMOR'' está concorrendo ao Oscar somos levados a crer que a produção cinematográfica francesa não foi lá muito boa em 2012.
Se você viu ''AMOR'', bem, se não viu é como se você já tivesse visto. Com excessão do momento em que o personagem de Jean -Loius Trintgnant ajuda a esposa, então com derrame do lado direito à cantar pra passar o tempo. Tocante, mas nada que você já não tenha visto em algum outro roteiro previsível.
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